1…2…3…S K A B Ô

                       

EDITORIAL

1…2…3…S
K A B Ô
 
Este S K A B Ô 003 nos trae
tres cosas:
 
1… Una clase de Eric
Laurent de su Seminario de febrero de este año,
donde recorre exhaustivamente el cruce entre
sublimación y narcisismo, para situar ese término
nuevo que estudiamos: el escabel. Lo hace
releyendo de un modo nuevo las referencias
clásicas y últimas de J. Lacan y extrayendo
sutiles consecuencias de la lectura que J.-A.
Miller hace de cara al Congreso de Río de Janeiro.
Por un lado “el narcisismo ha sido
modificado en relación al mito freudiano, en la
medida que no se trata ya únicamente de imagen,
sino de la relación de creencia que enlaza el
parlêtre al cuerpo”. 
Y por otro
lado “hablar con su cuerpo-escabel supone
un goce particular, que se experimenta con el
cuerpo.” 
Ambas conclusiones dan lugar a
nuevas
perspectivas.
 
2… Una
interesante entrevista a Hervé Castanet donde éste
responde sobre su indagación respecto del S.K.beau
para captarlo desde la lógica hasta el efecto de
poesía: “La palabra S.K.beau desnuda un
real al cual el artista se confronta y que las
sublimaciones posibles velan: en el corazón de lo
Bello (de la verdad, de lo bueno, de lo perfecto,
de lo sublime…) siempre hay ese S.K enigmático y
fuera de sentido.”

 
3… Tres
minutos de un video sencillo y contundente donde
la mimesis primero y el cuerpo como caja de
resonancia después hacen ver y escuchar al cuerpo
parlante del que hablamos y hablaremos de aquí
hasta abril 2015 en Río y también
después…
 

Mauricio
Tarrab

Afinidades
Eletivas

 

Afinidades eletivas n.1

Apresentação do texto de Éric
Laurent:

Falar com seu
corpo-escabelo

Esta
quarta aula do Curso – “Falar lalíngua do corpo” –
de Eric Laurent, explora, no dia 04.02.2015, a
relação entre o escabelo e a sublimação, abordada
por Jacques-Alain Miller em seu argumento para o
Congresso da AMP, a partir de uma leitura do texto
de Lacan “Joyce o sintoma”. Essa aula é uma
orientação para decifrarmos, no argumento de
Miller, o que define o falasser, corpo falado e
falante, distinto do ser heideggeriano e também do
paradigma cognitivo
contemporâneo.
 
Miller introduz o
escabelo como “o pedestal sobre o qual o falasser
se ergue, sobe, para se fazer belo”. É o que lhe
permite “elevar-se à dignidade da Coisa”. Trata-se
de uma referência ao Seminário VII, A
ética da psicanálise
, onde Lacan aborda o
problema da sublimação, que consistiria em dar
conta de como o gozo auto-erótico da pulsão vai em
direção ao desejo do Outro.
 
Para
Miller, a sublimação do escabelo está no
cruzamento com o narcisismo. Um narcisismo
modificado, diz Laurent, pois não se trata apenas
da imagem, mas da relação de crença com o corpo
idolatrado. Para Lacan, o corpo vem primeiro, e
ele é marcado pelo trauma, que Lacan
chama trouma, jogando com o
trauma como furo (trou). O
fundamental do corpo é na verdade um furo e por
fora dele temos a imagem. O falasser é um ser de
vazio.
 
A crença no corpo-escabelo se
funda sobre a negação do inconsciente: eu não
penso para crer no meu ser. Mas o inconsciente é o
saber falado constituinte do UOM, que tem um corpo
antes do estádio do espelho, a partir do impacto
do dizer. É um trauma fora do sentido, que provoca
um falar sem saber. No escabelo há gozo da fala
que inclui o sentido, enquanto o gozo do sinthoma
exclui o sentido. Portanto, falar com seu
corpo-escabelo é passar pelos desfiladeiros da
fala sustentada no sentido. O falasser é um ser de
fala, não se sustenta na imagem ou na impressão
das representações, não se encarna no
cérebro.

Elisa
Alvarenga

Présentation du texte d’Éric
Laurent :

Parler avec son
corps-escabeau

 

Cette
quatrième séance (4 février 2015) du Cours d’Éric
Laurent : « Parler lalangue du
corps » explore la relation entre l’escabeau
et la sublimation, abordée par Jacques-Alain
Miller dans sa présentation du thème du Congrès de
l’AMP 2016, à partir de la lecture du texte de
Lacan « Joyce le symptôme ». Ce cours
donne une orientation pour déchiffrer dans
l’argument de Miller ce qui définit le parlêtre,
corps parlé et parlant, distinct de l’être
heideggérien ainsi que du paradigme cognitif
contemporain.
 
Miller introduit
l’escabeau comme « ce sur quoi le
parlêtre se hisse, monte pour se faire beau
.
Et «c’est son piédestal qui lui permet de
s’élever à la dignité de la Chose»
. Il s’agit
d’une référence au séminaire
VII, L’Éthique de la psychanalyse,
dans lequel Lacan aborde la question de la
sublimation, qui consisterait à rendre compte de
la façon dont la jouissance auto-érotique de la
pulsion s’oriente vers le désir de
l’Autre.
 
Pour Miller la sublimation
de l’escabeau est au carrefour du narcissisme. Un
narcissisme modifié, dit Eric Laurent, puisqu’il
ne s’agit pas seulement de l’image, mais de la
relation de croyance au corps idolâtré. Pour
Lacan, le corps est premier, et il est marqué par
le trauma, qu’il nomme trouma, en
jouant avec les mots trauma et trou. L’essentiel
du corps est en fait un trou, et en dehors de lui,
nous avons une image. Le parlêtre est un être de
vide.
 
La croyance en un
corps-escabeau se fonde sur la négation de
l’inconscient: je ne pense pas croire en mon être.
Mais l’inconscient est le savoir parlé constitutif
de l’HOM, dont le corps précède le stade du
miroir, à partir de l’impact du dire. C’est un
trauma hors du sens, qui amène à parler sans
savoir. Dans l’escabeau on trouve la jouissance de
la parole qui inclut le sens, alors que la
jouissance du sinthome l’exclut. Ainsi, parler
avec son corps-escabeau, c’est passer à travers
les défilés de la parole soutenue par le sens. Le
parlêtre est un être de parole, il ne se soutient
pas dans l’image ou dans l’impression des
représentations, ni ne s’incarne dans le
cerveau.

 Elisa
Alvarenga

TEXTO DE ÉRIC
LAURENT

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Questa
intervista ad Hervé Castanet, autore i cui testi
sulla sublimazione costituiscono un riferimento
maggiore per la nostra Scuola, prende spunto da
quello uscito nel
2011, S.K.Beau.

L’idea che
l’autore articola in maniera molto originale è
quella dell’escabeau, dello sgabello che
sostituisce l’elevazione sublimatoria del Lacan
degli anni ’60, preso dal lato della fine della
cura, e non solo della testimonianza
di passe. Salire sullo sgabello,
prospettiva di una salita più modesta che non
quella della “salita alla sfera celeste
della Cosa” della prima teoria della
sublimazione, apre però, contemporaneamente, ad
un’altra versione del saperci fare, che tenga
conto sia del darsi un’immagine che del sapersela
cavare con quello che egli chiama “il corpo a
corpo con lalingua”.

Lo
sgabello mostra che non c’è sublimazione
possibile, potremmo dire, di ciò che frena la
spinta ascensionale sublimatoria e che riguarda
quello che Castanet chiama il demone
de lalingua, “quello che si
acchiappa per la coda?”.

Infatti! Non c’è
speranza di acchiapparlo che per la coda, questo
demone!, perché si mette di traverso, è, potremmo
dire, ciò che dà del filo da torcere (in francese
du fil à retordre, in spagnolo quebradero de
cabeza) al soggetto, che sia l’artista alla
ricerca del Bello o che sia il soggetto alla
ricerca di un Ideale di fine cura…

Lo
sgabello, ci propone l’autore con la sua
argomentazione così nuova, è anche la lettera, non
solo l’immagine. Ci aspettavamo l’”effetto di
poesia” a fine analisi? Il diavolo
della lalingua ci ha messo la
sua preziosa coda! Mi riferisco all’espressione
italiana: il diavolo ci ha messo la coda, ad
indicare che la cosa non va secondo i piani,
ovvero, come dice Castanet, occorre che “i
sembianti ordinati dai giochi significanti si
rompano, che emerga
la lettera-littorale”. Questo per
dire la necessità di un trattamento sempre
rinnovato e reinventato del reale, anche quello
della lingua: fine cura che “potrebbe avere”,
propone Castanet, anch’esso “la struttura
dell’incontro”, “una fine
contingente”.
 

Paola
Francesconi

 

ENTREVISTA DE HERVÉ
 CASTANET

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O demônio
da 
lalíngua de
Hervé Castanet

 

Esta
entrevista a Hervé Castanet, autor cujos textos
sobre a sublimação constituem uma referência maior
para nossa Escola, toma como ponto de partida seu
texto escrito em
2011, S.K.Beau.
 
A ideia
que o autor articula de maneira muito original é a
do escabeau, do escabelo que
substitui a elevação sublimatória de Lacan nos
anos 1960, tomado do lado do final do tratamento e
não somente dos testemunhos
de passe. Subir no escabelo,
perspectiva de uma saída mais modesta do que
aquela da “saída pela esfera celeste
da Coisa”, da primeira teoria da
sublimação, abre, contudo, ao mesmo tempo, a uma
outra versão do saber fazer, que leva em conta
tanto dar-se uma imagem quanto saber cavá-la com
aquilo que ele chama “o corpo a corpo
com lalíngua”.
 
O
escabelo mostra que não há sublimação possível,
poderíamos dizer, do que freia o impulso de
ascensão sublimatória, e se refere ao que Castanet
chama o demônio de lalíngua, “aquele
que se captura pelo rabo?”.
 
De fato!
Não há esperança de capturá-lo a não ser pelo
rabo, esse demônio! Porque se põe de atravessado.
É, poderíamos dizer, aquilo que esquenta a cabeça
[del filo da torcere] (em francês du fil à
retordre, em espanhol quebradero de cabeça) do
sujeito, seja do artista à procura do Belo, seja
do sujeito à procura de um Ideal de final de
tratamento…
 
O escabelo, nos propõe
o autor com sua argumentação tão nova, é também a
letra, não só a imagem. Esperávamos o “efeito de
poesia” no final da análise? O diabo
da lalínguanos colocou seu precioso
rabo! Refiro-me à expressão italiana: o diabo
colocou o rabo, indicando que a coisa não vai
segundo os planos, isto é, como diz Castanet,
ocorre que “os semblantes ordenados pelos jogos
significantes se rompem, emerge
letra-litoral”. Isso para dizer da
necessidade de um tratamento sempre renovado e
reinventado do real, também aquele da língua:
final do tratamento que “poderia ter”, também ele,
“a estrutura do encontro”, “um final
contingente”.

Paola
Francesconi

 

ESPAÑOL  
 

PORTUGUÊS

Tradutores
deste número
: Ligia Gorini, Eliane
Calvet, Maria do Carmo Dias
Batista.
ExpedienteConselho
Editorial
: Claudia Iddan (NLS), Heloisa Prado
Telles (EBP), Laure Naveau (ECF), Lucíola Freitas
de Macedo (EBP), Marcus André Vieira (EBP), Maria
Bolgiani (SLP), Maria do Carmo Dias Batista (EBP),
Maria Leonor Solimano (EOL), Neus Carbonell (ELP)
e Piedad Ortega de Spurrier (NEL).
Equipe de
Publicação
: Ângela C. Bernardes, Fernando
Coutinho Barros, Flávia Cera (Secretária), Heloísa
Caldas, Leda Guimarães, Lenita Bentes, Marcelo
Veras, Maria do Carmo Dias Batista (Editora),
Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros, Maria
Josefina Sota Fuentes, Maria Wilma Faria, Stella
Maris Jimenez Gordillo, Vanda Assunção.

 

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